Por que as Empresas Exponenciais Estão Optando por Novos Formatos
Na Parte 1 desta série, abordamos o que é a liderança digital e qual sua importância para os líderes do futuro.
Hoje, na Parte 2 e última dessa série, trazemos alguns motivos pelos quais o modelo de liderança tradicional está caindo em desuso e já não é mais o formato ideal para as empresas atuais que querem ser exponenciais.
O Declínio do Modelo de Liderança Tradicional: Por que as Empresas Exponenciais Estão Optando por Novos Formatos
Nos últimos anos, temos observado uma mudança significativa no cenário empresarial, impulsionada por rápidas transformações tecnológicas, novas gerações de colaboradores e uma demanda crescente por agilidade e inovação. Nesse contexto, o modelo de liderança tradicional está perdendo espaço, revelando-se ineficaz e inadequado para as empresas atuais que desejam alcançar resultados exponenciais.
A Evolução do Contexto Empresarial e a Ineficácia do Modelo Tradicional
No passado, o modelo de liderança tradicional, baseado em hierarquia rígida e comando autoritário, era amplamente aceito e eficiente. No entanto, as rápidas mudanças tecnológicas e a necessidade de agilidade e inovação estão desafiando sua eficácia.
Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria Deloitte em 2022 ("The Future of Leadership: The Keys to Unlocking Organizational Agility"), 80% dos líderes acreditam que o modelo de liderança tradicional não está mais adequado às demandas das empresas atuais, principalmente devido às rápidas mudanças tecnológicas e à necessidade de agilidade e inovação.
De acordo com o estudo "Global Human Capital Trends 2021" da Deloitte, apenas 25% das organizações acreditam que seus líderes estão preparados para liderar em um ambiente de rápida mudança, evidenciando a defasagem do modelo tradicional de liderança diante das demandas atuais.
Esses dados revelam a crescente insatisfação com o modelo tradicional de liderança, destacando a necessidade de uma abordagem mais ágil e adaptativa.
O Impacto da Nova Geração de Colaboradores na Transformação da Liderança
A entrada da Geração Y (ou Millennials) e da Geração Z no mercado de trabalho tem trazido mudanças significativas nas expectativas em relação à liderança. Essas gerações valorizam mais a colaboração, a transparência e a flexibilidade, características que não se alinham ao estilo hierárquico e autoritário do modelo tradicional.
Um relatório da Pew Research Center revelou que a Geração Y e a Geração Z representam atualmente a maior parte da força de trabalho global. Essas gerações valorizam mais a colaboração, a transparência e a flexibilidade, o que entra em conflito com o estilo hierárquico e autoritário do modelo tradicional de liderança.
Outra pesquisa, conduzida pela consultoria McKinsey, constatou que 74% dos Millennials desejam ter um líder que seja um mentor ou um coach, ao invés de um chefe tradicional. Essa preferência indica a busca por líderes mais empáticos, que inspirem e desenvolvam suas habilidades, em contraste com o comando autoritário do modelo tradicional.
A Vantagem Competitiva dos Modelos de Liderança Adaptativos e Participativos
Para se manterem competitivas em um mercado em constante evolução, as empresas exponenciais estão adotando modelos de liderança adaptativos e participativos, em contraposição ao modelo tradicional.
Segundo estudo da Harvard Business Review ("The Best-Performing CEOs in the World"), empresas que adotam uma cultura de liderança participativa e descentralizada têm 2,5 vezes mais probabilidade de serem consideradas "líderes de mercado" em suas áreas de atuação.
91% das organizações que adotaram práticas ágeis de liderança relataram uma melhoria significativa na eficácia de suas operações e na satisfação dos funcionários. Essa abordagem colaborativa e adaptativa rompe com a rigidez do modelo tradicional e permite uma maior capacidade de inovação. (VersionOne, "12th Annual State of Agile Report")
Ou seja, não são poucas as vantagens competitivas das empresas que adotam modelos de liderança que estimulam a colaboração, a criatividade e a agilidade organizacional.
"O modelo tradicional de liderança não está mais alinhado com a velocidade e a complexidade dos negócios contemporâneos. As empresas exponenciais estão buscando novas formas de liderança que promovam a colaboração, a agilidade e o desenvolvimento de seus colaboradores." - John Kotter, professor emérito da Harvard Business School e autor renomado na área de liderança.
À medida que as empresas se adaptam às rápidas mudanças do mercado, o modelo de liderança tradicional está sendo deixado para trás. As demandas da nova geração de colaboradores e a busca por vantagem competitiva têm impulsionado a adoção de formatos de liderança adaptativos e participativos. Ao romper com a rigidez hierárquica, essas empresas estão fortalecendo sua capacidade de inovação, promovendo um ambiente de trabalho colaborativo e desenvolvendo líderes que inspiram e motivam suas equipes. É hora de deixar para trás os modelos obsoletos e abraçar uma liderança mais adequada aos desafios e oportunidades do mundo atual.
Assista ao vídeo e reflita: que tipo de liderança é a sua ou da sua empresa?
Transcrição: "A gente tem as coisas de fato muito mais globais hoje do que tínhamos no passado. Contemplar a diversidade fica muito mais forte. Pensa só, por exemplo, há uns 10, 15 anos ou um pouco mais, você tinha um modelo típico clássico de liderança, inclusive há um tempo saiu na revista Forbes, os líderes durões, né, de tradução livre, que era um modelo de liderança. Então a liderança tinha que ser aquela questão macho alfa, duro, forte, voltado apenas a resultado e fazendo tudo por isso. Aí quando a gente fala da digitalização, a gente fala de um mundo aberto, de um mundo mais diverso, onde os outros países, as outras relações no mundo são também diversas e com isso a gente começa a ver que um tipo de liderança não satisfaz a diversidade que existe, inclusive, vinda exatamente da digitalização. Então a liderança digital dá conta das mudanças culturais que aconteceram em toda a sociedade e dá conta também de como o uso das tecnologias também impactam na nossa forma de fazer gestão. Porque o gestor hoje não é mais alguém que simplesmente precisa controlar processos, você tem muita tecnologia para fazer isso, o gestor hoje não é apenas a pessoa que vai fazer planilhas, tem muita tecnologia que faz isso automaticamente, um monte de coisa que eram atividades explícitas de gestão, braçais operacionais, elas começam a deixar este lugar."
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